28/10/2011

Prece pela tolerância - Voltaire

"Não é mais aos homens que me dirijo. É à você, Deus de todos os seres,
de todos os mundos e de todos os tempos:
que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo de nossas calamidades.
Você não nos deu coração para nos odiarmos nem mãos para nos enforcarmos.
Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos,
entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.
Que aqueles que acedem velas em pleno dia para te celebrar,
suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso te amar,
não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo, e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis,
não nos violentemos em nome da paz.
Que possam todos os homens se lembrar que eles são irmãos!"



Prece escrita por Voltaire, iluminista e defensor da tolerancia religiosa, e que vou interpretar segunda-feira , é linda e extremamente sincera, traduzindo perfeitamente meus pensamentos e opiniões...orgulho de interpretá-lo .

25/10/2011

Ta vendo aquela rua? Segue reto, vira a segunda a direita, e vai pra PQP!

Pegar táxi é como jogar na loteria, você nunca tem certeza se vai dar sorte com o taxista.
Hoje um fato me fez pensar seriamente em deixar minhas boas maneiras de lado uns  minutinhos e falar umas palavrinhas feias pra um certo senhor muito rabugento!
Acordei atrasada [é vou falar na primeira pessoa mesmo ¬¬] , e então fui de táxi pra faculdade , chamei o táxi, entrei e falei "Bom dia , por favor me leva na Brigadeiro Luis Antonio, pode ir pela M.Dutra, e vira na Humaitá.."
Ele nem me respondeu o meu "bom dia" , só ouviu , olhou pelo retrovisor, e seguiu serio...
Chegando na Humaitá, onde era pra ele virar, eu o lembrei de virar , [afinal de contas, ja peguei uns 3 táxis, que os motoristas esqueciam de virar, então passei a lembra-los sempre que chegavamos perto da rua...]
E falei "Pode virar na próxima a direita..."-  acontece que ele me responde muito simpático:
 "É na Humaitá ne?"
E eu linda e educada , e mto mto paciente digo:
 "É sim, nessa aqui...a direita.."
E ele fofo:
 "Eu sei minha filha , então é essa, vc já falou " ¬¬
Tudo bem, respirei fundo, contei até dez..relevei...
Chegando na avenida, eu disse que desceria ali mesmo, e perguntei quanto ficou , coisa que sempre faço, e todos sempre me respondem numa boa, mesmo porque nem sempre os taxímetros ficam lá muito visisveis e não ia me deitar no banco de trás pra olhar, enfim, ele com aquela educação já citada responde :
-Deu nove reais, aqui ó, ta marcado é só olhar .
>,< nessa hora eu já tava rangendo os dentes, daquele jeito que todo mundo que me conhece odeia que eu faça porque não suportam o barulho agoniante ...
Tirei da bolsa  o único dinheiro que eu tinha, uma nota de 50 reais, o cara só faltou pular no banco de trás e me estrangular Oo
"Ah meu Deus, é  a única nota que você tem?"
[não seu besta, tenho trocado mas to fazendo isso pra te sacanear ¬¬..CLARO q se eu dei essa nota é pq era a  única que eu tinha....PQP!] - é eu pensei isso, mas disse:
"Aham, infelizmente só tenho essa"
"Nossa, meu Deus hem, agora espera, vou acabar com meu trocado logo agora de manhã, caramba"
E resmungou outras coisinhas que graças a Deus eu não entendi porque nessa hora meu sangue ja subiu meus dentes ja doiam de tanto eu ranger, e minha paciência tava no pinguinho já....
[Carajo de mierda, problema dele que ia ficar sem troco, eu sou a passageira, fiz minha parte e paguei, e não foi pra sacanear, pq sempre que tenho trocado eu facilito a vida deles, mas NÃO É MINHA OBRIGAÇÃO, e nem sou obrigada a ficar ouvindo resmungo de velhinho rabugento , ele que pare depois num bar e troque a nota de cinquenta! -.-"]
Desci do carro ja soltando fumacinha , não desci do salto, nao respondi a altura, nem xinguei a senhora mãe dele, mas quando saí, olhei pra ele, dei um sorrisinho, e bati a porta com toda a minha força e toda a minha raiva....se ele xingou?
Deve ter xingado, mas até la eu ja tava rindo muito e vendo o dia lindo que estava fazendo...
Eu é que não estrago meu dia por velhinhos mal educados cujas velhinhaas resolveram dormir de calça jeans!

*-* Uffa, desabafei! 

13/10/2011

Guardar a chuva? Pra que?

Hoje pela primeira vez ela usou um guarda-chuva sozinha andando na rua.
Se achou tão boba, tão besta.
Guarda-chuva foi a pior invenção do homem!
Todo mundo sabe a opinião que ela tem sobre a chuva.
Hoje como foi embora a pé pra casa, e começou a garoar, ela tirou o guarda-chuva da bolsa, que alias comprou a pouco tempo pq não tinha nenhum, e abriu ele.
Ela não sabia nem segurar.
Achou um trambolho desengonçado, ora leve demais, ora pesado demais, e complicadíssimo de andar com ele nas calçadas...ora tromba em alguém, ora tem que desviar e andar na rua, pq o espaço entre o poste e a calçada eh mínimo...e pra entrar nos lugares então, tem o trabalho de fechar  pra depois abrir de novo na hora de sair...
Cansou, fechou e guardou de volta na bolsa....foi tomando chuva, que alias nem estava forte.
Agora ele ta la jogado num canto do banheiro pq ta molhado..
É um troço tão feio, num formato tão peculiar, que chega a dar medo...ta aí...ela tem medo do formato do guarda-chuva....e parece um objeto muito fácil de se machucar ...ela já desastrada...é quase uma arma....
Definitivamente ela não gosta dele...mas fazer o que....nos dias de chuva forte em que ela não pode ser dar ao luxo de ficar gripada, ela tem que usar...um mal necessário...
É isso que é um guarda-chuva, um mal necessário!
Mesmo assim ela prefere manter ele fechado até onde for possível, e aproveitar. ...como ela tem feito, como ela sempre fez.. o mal até é necessário, mas enquanto puder evitar, ela o fará =)

11/10/2011

You're beautiful...

You're beautiful...is true....
Ela ouvia essa musica quando tinha la pelos seus 17 anos... uma menina com complexo de patinho feio que ouvia essa musica sonhando em ouvir de alguem um dia.
Naquela época era tão importante pra ela se sentir bonita.
Hoje ela por varios momentos quer se sentir bonita  e arrumada...mas ao contrario daquela epoca essa não uma coisa essencial pra felicidade dela.
Ela só se entristece de ainda trombar vez ou outra com pessoas assim...mas ela entende...essas pessoas ainda tem muito o que aprender da vida, pra dar valor ao que realmente importa.
Ela não pode simplesmente dizer "Calma menina, a vida é muito mais que maquiagem e a roupa que você vai vestir amanhã.."
Então ela só respira fundo, sorri tentar manter o dialogo.

Papel e sentimentos

Ela escreve desde sempre...desde que aprendeu a escrever ela se apaixonou por isso.
Não escreve maravilhosamente, mas escreve sinceramente
Não aguenta ver uma folha em branco , tem que preencher, com um rabisco, um desenho, ou normalmente palavras.
Ela ate alguns anos atrás achava mais fácil escrever em momentos de tristeza.
Com os sentimentos a flor da pele.
Mas ela aprendeu a escrever em momentos de serenidade, de calma, de felicidade.
Hoje ela ta escrevendo ouvindo Maná.
É  a banda preferida de sua irmã mais velha, e com sua irmã mais velha que a menina aprendeu a gostar também.
O cantor parece que tem os sentimentos saindo da boca em todas as musicas.
Ela acha isso tão fascinante, que de ouvir suas musicas uma vontade de escrever imensa invade a mente, o coração e os dedos dela.
Ela lembra de quando descobriu realmente que escrever seria sua válvula de escape.
Tinha 10 anos de idade.
A professora pediu pra turma escrever um poema...ela escreveu, um poema bobo, poema de amor , poema de criança de dez anos de idade...hoje ela sabe que o poema não foi o melhor do mundo, quiçá da sala de aula.
Mas ela se sentiu tão bem de escrever e depois de ler o próprio poema.
Ficou feliz de descobrir que podia brincar com as palavras.
No mesmo ano ganhou um diário em seu aniversário.
Então foi até sua irmã mais velha e perguntou o que se escreve em um diário, sua irmã disse que em um diário você conta tudo o que fez no seu dia.
A menina se empolgou e correu pra começar a escrever, o problema é que ela levou muito ao pé da letra, e contava desde o momento em que acordava e escovava os dentes, até quando amarrava os tênis, detalhando cada momento ao máximo.
Só quando ela tinha 13 anos foi entender, ou alguém teve a bondade de contar-lhe que não precisava contar exatamente tudo o que fez em seu dia, mas apenas algo mais relevante, mais importante.
Daí pra ela entender e começar a colecionar diários foi um pulo....ela desabafava exatamente tudo , desde o ciumes que sentia de suas amigas, até como se sentia mal e com raiva por ser sempre a ultima a ser escolhida pra jogar vôlei na educação física.
Perdeu as contas de quantos diários já teve.
As aulas e provas de redação eram suas preferidas...
Uma época chegou a dizer que queria ser escritora, escrever livros infantis e poesias.
Mas hoje ela sabe que essa paixão é algo dela, só dela, que de uma maneira bem egoísta, ela não quer escancarar ...são palavras simples, pensamentos simples, sentimentos dela...esta tudo aqui, independente de alguém ler, esse é seu lugar de desabafos,  e um lugar pra ela registrar seus pensamentos pra eternidade...um dia seus netos vão poder vir aqui, ler seus textos e conhecer mais sobre sua avó, ver que ela ja foi uma jovem , com sonhos, medos e desejos como eles também serão....a única coisa que ela precisa são as letras e o sentimento a flor da pele.
E claro , uma musiquinha pra ajudar.


"Não importa aonde vou,
Não importa aonde fico,
No lugar aonde estou
Sei que você esta comigo

Não importa o que eles dizem
Não importa a nossa dor
Agora o importante
É o nosso grande amor"

                                                                            Não Importa - Marianinha de 10 anos de idade

10/10/2011

El verdadero amor perdona.

Acabei de achar esse vídeo novo do Maná, e achei a letra e o clipe muito lindo...tinha que voltar aqui e deixar registrado ;)

Bora subir na árvore??

Ela sempre quis aprender a subir em uma árvore.
Tentou só duas vezes na vida, uma na casa de sua melhor amiga, e se machucou...
A segunda vez foi na pracinha perto de sua casa, e conseguiu quem diria...ela não sentiu medo , até conseguiu  ficar sentada la um bom tempo.
Era uma sensação engraçada, boa e engraçada....la de cima, nem era muito alto, vendo as pessoas passando e olhando pra ela com aquela cara de ponto de interrogação...
Mas ela só conseguiu subir essa vez, só essa vez ela sentiu coragem, depois desse dia ela nunca mais tentou ou teve coragem de subir.
Ah mas um dia ela volta a subir, ela vai tentar de novo , é algo tão simples e complicado ao mesmo tempo, mas que ela quer e vai conseguir, nem que use uma escada pra isso, se o medo vier ela vai fechar os olhos e lembrar de como não sentiu medo e conseguiu da outra vez . que ela nem sabe como conseguiu, mas conseguiu.
Se ela conseguiu uma vez, pode conseguir de novo certo?
Ah pode sim senhor..... de verdadão!

07/10/2011

Um balanço de pneu

Acho que ela tem alguma ligação com idosos..
Certo tempo atras, quando não tinha o que fazer, ou apenas por vontade de ficar sozinha com seus pensamentos ela saia pra andar...muitas vezes pegava o onibus em direção ao centro, e no caminho decidia onde ia descer...algumas vezes desceu no calçadão, e saiu andando sem rumo, com os fones de ouvido no ultimo volume...ela não sabia exatamente de que maneira isso ajudava, mas ajudava.
Um dia ela desceu no centro, e foi andando refazendo o caminho que tinha acabado de fazer com o onibus, e foi parar no parque da cidade, um parque enorme chamado de Parque do povo... e resolveu seguir andando por la.
Avistou então um balanço de pneu, e correu feito criança, sentou, jogou a bolsa na grama, e começou a se balançar, olhando pro céu...sentindo hora ou outra os raios do sol tocando seu rosto por entre as folhas de uma arvore que estava ao lado do balanço...
Ela não lembra que musica tocava em seus fones de ouvido, também não lembra porque estava angustiada, ela só se lembra que sentada ali , olhando pro céu, e se balançando tentando alcança-lo, acalma, a paz invadiu seu coração.
O vento jogava seus cabelos pra trás, e ela abria os braços, parecia estar voando...ela sempre quis voar.
Uma sombra na grama a fez parar o balanço, era uma senhorinha que tinha se aproximado, e disse que estava um dia muito bonito, e perguntou o que ela fazia sozinha, se estava tudo bem.
Ela sorriu , era uma senhora com um carrinho de feira, de chapeu , meias e chinelo de dedo.
A menina respondeu que estava tudo bem sim, que ela gostava daquele lugar.
A senhora não acreditou e falou "Mesmo se não tiver tudo bem, tudo vai ficar, Deus é grande..."
Ela pra variar, se deixou emocionar pelas palavras da senhora, foram palavras simples, que podia e ja fora ouvida de outras pessoas, mas vindo daquela senhora, tudo fez mais sentido, ela não a conhecia, mas falou com uma sabedoria, com uma fé, e com um brilho nos olhos, nos pequeninos olhos castanhos, que a menina acreditou muito mais nela do que em qualquer outra pessoa.
A menina agradeceu, a senhora sorriu, e desejou boa sorte, e saiu andando levando seu carrinho de feira e seus chinelos de dedo.
A menina por um minuto estranhou, em vez de seguir um caminho em direção a calçada, a senhora continuou a caminhar pela grama em direção a umas arvores que de tão grandes e cheias, não deixavam quase nenhum raio de sol tocar o chão.
A menina voltou a se balançar, com mais vontade e mais impulso, agora ela sabia, tudo ia dar certo, ela viu isso naqueles pequenos olhos castanhos.

06/10/2011

No metrô

Um metrô lotado, pessoas isoladas em seus próprios pensamentos e preocupações.
O corpo dela pedia um banho e uma cama, sua mente estava inquieta pensando nas tarefas que ainda teria pra fazer quando chegasse em casa, e tentando organizar por etapas o que era prioritário ser feito assim que entrasse pela porta.
No meio desses pensamentos ria e conversava com as amigas da faculdade, e quando o silencio prevalecia, ela retornava a seus pensamentos preocupantes e ansiosos.
Antes ela estaria observando cada pessoa no metro tentando imaginar quem eram , o que faziam da vida, o que estavam pensando, e estava la como espectadora.
Quando se deu conta ela não era uma mera espectadora, era um deles, perdida em seus pensamentos, preocupada com deveres, tarefas, horarios, prazos, limpar a casa , fazer as unhas... ela se misturou, e riu quando notou..
Resolveu olhar em volta, resolveu ser espectadora novamente, e olhou pro lado.
Ela viu uma cena que fez seus olhos lacrimejarem, e agradeceu por ter saido de seu mundinho pra olhar em volta...
Sentados a sua frente, um casal de velhinhos, a senhora prestando atenção em tudo, e tentando ouvir o que a voz no auto-falante anunciava, o senhor, olhava fixamente para os pés da menina, bom, não exatamente para os pés, ele estava em seu mundinho, que devia ser calmo, ou não, seus olhos de tempo em tempo quase fechavam completamente, mas não saia da direção...e o mais lindo de tudo, eles estavam de mãos dadas, com os dedos entrelaçados...
No meio de casais jovens, executivos engravatados, estudantes com seus fones de ouvido enormes, no meio de preocupaçoes e pensamentos, no meio de angustias, pressa e frieza, o casal de velhinhos continuavam sentadinhos, lado a lado, de mãos dadas, ela olhando pra cima, ele com o olhar fixado no chão , nem notaram que alguem os olhava admirada, nem notaram que emocionaram alguem..
E no meio do metrô lotado, com milhares de pessoas com historias pra contar, era a historia deles que ela mais desejava conhecer.
Não se trata apenas de um casal de idosos fofinhos, é um casal de idosos no metrô, andando, pegando transporte publico, cruzando a enorme cidade de São Paulo, enfrentando apertos, buzinas, poluição, e ruas movimentadas, tudo isso de mãos dadas.
A vontade dela era de perguntar, quem eram, como se conheceram, a quanto tempo estão juntos, se eles tem sonhos, se eles se amam, se são apaixonados , se ainda se tratam com respeito e carinho, se tiveram que enfrentar obstaculos pra ficarem juntos, se vivem com os filhos ou sozinhos.
Ela teria uma verdadeira aula de vida se tivesse tido coragem e tempo de perguntar-lhes tudo isso...
Um sinal fez ela voltar a prestar atenção no metro que se encontrava.... chegou em sua estação, ela saiu , olhando pra trás...a senhora ainda olhava pra cima, e ele ainda olhava pro chão...

05/10/2011

Apelo.

Quando era mais nova, teve um sonho, um pesadelo.
Sonhou que uma pessoa que ela muito amava, estava deitada em uma cama, com o cabelo completamente descuidado, com aparencia cansada, essa pessoa estava muito gorda, ocupava quase toda a cama, em uma mão segurava um copo de cerveja, e em outra mão um cigarro.
No sonho ela chorou ao ver essa pessoa nesse estado, e essa pessoa não a via, e ria sozinha...
No sonho, ela fechou os olhos implorando pra não ser verdade, e abriu , implorando pra acordar..
Quando finalmente conseguiu acordar, saiu correndo , precisava ver como estava essa pessoa.
O sentimento que ela teve ao ver a pessoa que ela tanto amava com sua aparencia normal, com o cabelo arrumado, sem cigarro ou bebida em mãos, foi o sentimento de mais puro alivio que ela já sentiu na vida.
E chorou aliviada.
Ela tinha 7 anos , e até hoje esse é o pesadelo que mais  a entristece quando ela se lembra.
E aquela sensação de ver alguem que ama, naquele estado de puro desleixo, sem amor-proprio , jogada ao vicio e a depressão , é uma sensação que ela não deseja sentir, ela não quer sentir.
 Porque sempre que lembra do pesadelo ela chora igual criança, como quem implorasse "Por favor, volta a ser o que era antes..."