Descalça ela encaixou um pé no estribo, com a outra mão segurou na sela e tomou impulso
Pronto, estava lá sentada , lá de cima tudo parecia pequeno, ele fez um barulho como quem perguntasse se já podia caminhar...ela mandou beijinhos anunciando o comando, e puxando as redeas pro lado, ele entendeu e seguiu...
Por um minuto ela fechou os olhos e foi calmamente relembrando essa sensação de cavalgar tranquilamente, o balanço do corpo em comunhão com o balanço no caminhar do cavalo, o sorriso foi se abrindo sem ela nem notar, o coração que estava calmo começou a pedir por emoção, ela pergunta se ele estava pronto, ela não ouve uma resposta mas sente que ele vai topar qualquer coisa que ela propor, ela então da outro comando, um sinal com os pés , e ele dispara...
Ah que delicia, que adrenalina, o cabelo estava preso, ela soltou , jogou o elastico em algum lugar que ela nem quis olhar, e gargalhava correndo cada vez mais rápido, os cascos de encontro com a terra fazia a poeira subir e passar por entre seus cabelos com a ajuda do vento , aquilo pra ela era não era incomodo, nojento, ou sujo, era delicioso, era o contato dela, do animal, da terra, o céu limpo abençoando aquele momento.
Quando percebe que está longe da casa, longe das pessoas, ela para....puxa as rédeas e acaricia o pescoço dele pra ele entender que é pra descançar, e ele entende....ficam os dois olhando pra mesma direção, pra mesma paisagem..como se conversassem por pensamento e concordassem que não há lugar mais lindo naquele momento do que aquele onde estavam....um por do sol maravilhoso a sua frente veio como a cereja do sundae, e fechou aquela tarde maravilhosa com chave de ouro e diamantes.
Ao voltar pra casa cheirava a mato, terra e cavalo...ela trocaria qualquer perfume francês por isso...